quinta-feira, 1 de maio de 2014

Veja relação dos nomes com fotos da quadrilha presa em Paulo Afonso

Paulo Afonso - A delegada Ana Luíza Nogueira, diretora do Departamento de Polícia Judiciária da Área 1, divulgou, na tarde desta quarta-feira (30), o balanço da operação denominada de Divisas, deflagrada pela Polícia Civil e Grupo de Combate a Operações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público, e que prendeu nove acusados de envolvimento em assaltos a banco em quatro estados.
Entre os nove presos durante a operação, está o policial civil da Bahia, Edjair Ferreira Nogueira. As investigações revelam que o investigador era o responsável pelo fornecimento de munições que eram usadas pela quadrilha nos assaltos a banco praticados nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.
Segundo a delegada Ana Luíza, as investigações apontam ainda que a quadrilha era coordenada por Josélio Lúcio Ramos, responsável por arregimentar os outros integrantes do bando e de comandar diretamente os ataques às agências bancárias. “O outro líder da organização criminosa era um detento conhecido por Sirone, que está recolhido no Sistema Prisional baiano, e ainda sim teve a prisão decretada pelos juízes da 17ª Vara Criminal”, explicou.
Também foram presos durante a Operação Divisas: Valdevânio Monteiro dos Santos, Vanderlan Monteiro Melo, Valdemir Lopes da Silva, José Carlos Xavier de Souza, José Ronilson da Silva e Jeferson Barros Acácio, além de um nono preso cujo nome ainda será divulgado.
Além dos presos, também foram apreendidos 56 coletes à prova de balas; várias armas, entre elas pistolas, espingardas calibre 12 e revólveres; farta quantidade de munição; drogas (maconha e crack); balanças de precisão e rádios comunicadores, que eram usados pelos integrantes das quadrilhas.
“O grupo foi preso no momento em que estava reunido para planejar um novo assalto. As investigações comprovam que entre as ações recentes estão os assaltos a banco nos municípios de Piranhas (AL), Jatobá (PE) e Canudos (BA), este último, inclusive, com reféns”, afirmou a delegada Ana Luíza, que está apoiando as investigações de combate a assaltos a banco por determinação do delegado geral Carlos Reis.
A Operação Divisas 
Na manhã desta quarta-feira, foi feito um grande cerco policial na região do Sertão, em quatro estados do Nordeste, para prender pessoas acusadas de envolvimento em roubos a banco. 
Ação foi desencadeada após investigações realizadas pela Diretoria de Polícia Judiciária da Área 1, Núcleo de Inteligência da Delegacia Geral, da Polícia Civil e pelo Grupo de Combate às organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual.
As prisões foram realizadas com a participação de policiais civis da DPJA 1, Diretoria de Recursos Especiais (DRE) e Tigre, Delegacia Regional de Delmiro Gouveia, Polícia Civil de Sergipe e Polícia Militar de Alagoas, Sergipe e da Bahia, e contaram com as presenças da delegada Ana Luiza Nogueira, diretora da DPJA 1, delegado Paulo Cerqueira diretor da DRE, e promotor Luiz Tenório, do Gecoc.
Segundo a delegada Ana Luiza Nogueira, a operação seguiu determinação do delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Reis e do secretário de Defesa Social, Diogenes Tenório.

(Blog do Ozildo Alves)

Operação da PF erradica 403 mil pés de maconha no Sertão de PE

Quantidade apreendida poderia produzir 134 toneladas da droga.
Operação contou com um efetivo de 40 policiais federais e bombeiros.

Juliane PeixinhoDo G1 Petrolina

Operação 4 elementos da Polícia Federal é realizada com um efetivo de 40  policiais e bombeiros. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal )Operação 4 elementos da Polícia Federal é realizada
com um efetivo de 40 policiais e bombeiros.
(Foto: Divulgação/ Polícia Federal )
Quatrocentos e três mil pés de maconha, que produziria aproximadamente 134 toneladas da droga, foram erradicados pela operação “4 elementos” no Sertão pernambucano. A ação teve início no dia 27 de janeiro e foi concluída dia 05 deste mês, mas o balanço só foi divulgado nesta segunda-feira (10).
A operação foi realizada pela Polícia Federal em Pernambuco, através da Delegacia de PF em Salgueiro com apoio da Secretaria de Defesa Social, com objetivo de reduzir a produção e a oferta de maconha no estado.
A operação foi realizada nos municípios pernambucanos de CabrobóBelém de São FranciscoCarnaubeira da Penha, Floresta,IbimirimInajáManariBetâniaSerra Talhada e Ilhas Costeiras do Rio São Francisco.
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PF erradica 403 mil pés de maconha no Sertão de PE. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)PF erradica 403 mil pés de maconha no Sertão de
PE.(Foto: Divulgação/ Polícia Federal)
Um efetivo de 40 policiais federais e do Corpo de Bombeiros participou da erradicação da droga. Foram realizadas ações terrestres, aéreas e fluviais que contaram com apoio de duas aeronaves.
O chefe da delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, Antônio José Silva Carvalho, relata que essas operações são realizadas trimestralmente e visam erradicar as plantações de maconha principalmente  nas ilhas do Rio São Francisco, no Sertão de Pernambuco. “Na última operação que teve duração de 15 dias, foram erradicadas mais de 700 mil pés de maconha”, enfatiza
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Dilma anuncia correção da tabela do IR e reajuste no Bolsa Família

Presidente fez anúncio de medidas em pronunciamento do 1º de Maio. 

Beneficiários do Brasil sem Miséria terão 10% a mais no Bolsa Família.

Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (30) em pronunciamento dedicado ao Dia do Trabalho em cadeia de rádio e televisão que assinou uma medida provisória corrigindo a tabela do imposto de renda e um decreto que atualizará em 10% os benefícios do Bolsa Família de 36 milhões de pessoas integrantes do programa Brasil sem Miséria.
No pronunciamento, a presidente não informou qual será o percentual de correção da tabela do imposto de renda, mas disse que "vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador". As assessorias da Presidência e da Casa Civil informaram que não tiveram acesso ao texto da medida provisória e, por isso, não souberam informar de quanto será a correção.
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Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sob controle, mas não podemos aceitar o uso político da inflação por aqueles que defendem “o quanto pior, melhor'."
Presidente Dilma Rousseff
Sobre o Brasil sem Miséria, Dilma afirmou que o objetivo da atualização dos benefícios é assegurar que todos os 36 milhões do Brasil sem Miséria "continuem acima da linha de extrema pobreza definida pela ONU".
A presidente, cuja pré-candidatura à reeleição sofre resistência de políticos aliados que defendem o chamado movimento "Volta, Lula", disse que as dificuldades "são fonte de energia e não de desânimo".
"Se nem tudo ocorre no tempo previsto e desejado, isso é motivo para acumular mais forças, para seguir adiante e, em seguida, mudar mais rápido. É assim que se vence as dificuldades, é assim que se vai em frente", declarou.
Salário mínimo
A presidente afirmou que manterá a política de valorização do salário mínimo como meio de  "diminuição da desigualdade" e de "resgate da grande dívida social". Ela criticou os que, segundo disse, classificam como "erro do governo" a valorização do mínimo.
"Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador. Nosso governo será sempre o governo da defesa dos direitos e das conquistas trabalhistas, um governo que dialoga com os sindicatos e com os movimentos sociais e encontra caminhos para melhorar a vida dos que vivem do suor do seu trabalho", declarou.

"Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sob controle, mas não podemos aceitar o uso político da inflação por aqueles que defendem “o quanto pior, melhor'", afirmou.
Inflação

No pronunciamento, a presidente disse que "aumentos localizados de preço, em especial dos alimentos" causam "incômodo" às famílias, mas são temporários.
Ela defendeu a política do governo de combate à inflação e afirmou que nos últimos 11 anos o país viveu o mais longo período de inflação baixa da história. "Nesse período, o salário do trabalhador cresceu 70% acima da inflação, geramos mais de 20 milhões de novos empregos com carteira assinada, sendo que 4,8 milhões no atual governo."
Energia
De acordo com a presidente, se as tarifas de energia não tivessem sofrido redução no ano passado, o gasto com consumo de energia seria ainda maior - a redução do nível dos reservatórios em razão da seca prolongada motivou o acionamento de termelétricas, cuja energia gerada é mais cara.
"A seca baixou o nível dos reservatórios e tivemos de acionar as termoelétricas, o que aumentou muito as despesas. Imaginem se nós não tivéssemos baixado as tarifas de energia em 2013. Os investimentos que fizemos em geração e transmissão de energia permitem hoje ao Brasil superar as dificuldades momentâneas, mantendo a política de tarifas baixas."
Corrupção
Dilma afirmou que a corrupção causa "indignação e revolta", mas disse que o governo é "implacável" no combate aos casos apontados pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
"O que envergonha um país não é apurar, investigar e mostrar. O que pode envergonhar um país é não combater a corrupção, é varrer tudo para baixo do tapete. O Brasil já passou por isso no passado e os brasileiros não aceitam mais a hipocrisia, a covardia ou a conivência."
Petrobras
Dilma também mencionou o episódio da Petrobras, que enfrenta denúncias de suspeita de superfaturamento na compra de uma refinaria e que teve um ex-diretor preso pela Polícia Federal. Segundo ela, a Petrobras "jamais vai se confundir com atos de corrupção ou ação indevida de qualquer pessoa".
"Repito aqui o que disse há poucos dias em Pernambuco: não transigirei, de nenhuma maneira, em combater qualquer tipo de malfeito ou atos de corrupção, sejam eles cometidos por quem quer que seja. Mas igualmente não vou ouvir calada a campanha negativa dos que, para tirar proveito político, não hesitam em ferir a imagem dessa empresa que o trabalhador brasileiro construiu com tanta luta, suor e lágrimas."
Leia abaixo a íntegra do pronunciamento da presidente.
Trabalhadores e trabalhadoras,
Neste 1º de Maio, quero reafirmar, antes de tudo, que é com vocês e para vocês que estamos mudando o Brasil. Vocês que estão nas fábricas, nos campos, nas lojas e nos escritórios sabem bem que estamos vencendo a luta mais difícil e mais importante: a luta do emprego e do salário. Não tenho dúvida, um país que consegue vencer a luta do emprego e do salário nos dias difíceis que a economia internacional atravessa, esse país é capaz de vencer muitos outros desafios.
É com esse sentimento que garanto a vocês que temos força para continuar na luta pelas reformas mais profundas que a sociedade brasileira tanto precisa e tanto reclama: nas reformas para aperfeiçoar a política, para combater a corrupção, para aumentar a transparência, para fortalecer a economia e para melhorar a qualidade dos serviços públicos.
Nosso governo tem o signo da mudança e, junto com vocês, vamos continuar fazendo todas as mudanças que forem necessárias para melhorar a vida dos brasileiros, especialmente dos mais pobres e da classe média.
Continuar com as mudanças significa também continuar lutando contra todo tipo de dificuldades e incompreensões, porque mudar não é fácil, e um governo de mudança encontra todo tipo de adversários, que querem manter seus privilégios e as injustiças do passado, mas nós não nos intimidamos.
Se hoje encontramos um obstáculo, recomeçamos mais fortes amanhã, porque para mim as dificuldades são fonte de energia e não de desânimo. Se nem tudo ocorre no tempo previsto e desejado, isso é motivo para acumular mais forças, para seguir adiante e, em seguida, mudar mais rápido. É assim que se vence as dificuldades, é assim que se vai em frente.
Minhas amigas e meus amigos,
Acabo de assinar uma medida provisória corrigindo a tabela do Imposto de Renda, como estamos fazendo nos últimos anos, para favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho. Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador.
Assinei também um decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família recebidos por 36 milhões de brasileiros beneficiários do programa Brasil sem Miséria, assegurando que todos continuem acima da linha da extrema pobreza definida pela ONU.
Anuncio ainda que assumo o compromisso de continuar a política de valorização do salário-mínimo, que tantos benefícios vem trazendo para milhões de trabalhadores e trabalhadoras. A valorização do salário-mínimo tem sido um instrumento efetivo para a diminuição da desigualdade e para o resgate da grande dívida social que ainda temos com os nossos trabalhadores mais pobres.
Algumas pessoas reclamam que o nosso salário-mínimo tem crescido mais do que devia. Para eles, um salário-mínimo melhor não significa mais bem-estar para o trabalhador e sua família, dizem que a valorização do salário-mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores.
Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador. Nosso governo será sempre o governo da defesa dos direitos e das conquistas trabalhistas, um governo que dialoga com os sindicatos e com os movimentos sociais e encontra caminhos para melhorar a vida dos que vivem do suor do seu trabalho.
Trabalhadoras e trabalhadores,
Meu governo também será sempre o governo do crescimento com estabilidade, do controle rigoroso da inflação e da administração correta das contas públicas. Nos últimos anos, o Brasil provou que é possível e necessário manter a estabilidade e, ao mesmo tempo, garantir o salário e o emprego.
Em alguns períodos do ano, sei que tem ocorrido aumentos localizados de preço, em especial dos alimentos. E esses aumentos causam incômodo às famílias, mas são temporários e, na maioria das vezes, motivados por fatores climáticos. Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sob controle, mas não podemos aceitar o uso político da inflação por aqueles que defendem “o quanto pior, melhor”.
Temos credibilidade política para dizer isso. Nos últimos 11 anos, tivemos o mais longo período de inflação baixa da história brasileira. Também o período histórico em que mais cresceu o emprego e em que o salário mais se valorizou. Nesse período, o salário do trabalhador cresceu 70% acima da inflação, geramos mais de 20 milhões de novos empregos com carteira assinada, sendo que 4,8 milhões no atual governo. Nesse mesmo período também conseguimos a maior distribuição de renda da história do Brasil.
Trabalhadoras e trabalhadores,
É com seriedade e firmeza que quero voltar a falar das reformas que iniciamos e vamos continuar lutando para ampliá-las em favor do Brasil.
Quero garantir a você, trabalhadora, e a você, trabalhador, que nossa luta pelas mudanças continua, nada vai nos imobilizar. A tarifa de luz, por exemplo, teve a maior redução da história. A seca baixou o nível dos reservatórios e tivemos de acionar as termoelétricas, o que aumentou muito as despesas. Imaginem se nós não tivéssemos baixado as tarifas de energia em 2013. Os investimentos que fizemos em geração e transmissão de energia permitem hoje ao Brasil superar as dificuldades momentâneas, mantendo a política de tarifas baixas.
Neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador, dia de quem vive honestamente do suor do seu trabalho, quero reafirmar o compromisso do meu governo no combate incessante e implacável à corrupção. Novos casos têm sido revelados por meio do trabalho da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, órgãos do governo federal.
Sei que a exposição desses fatos causa indignação e revolta a todos, seja a sociedade, seja o governo, mas isso não vai nos inibir de apurar mais, denunciar mais e mostrar tudo à sociedade, e lutar para que todos os culpados sejam punidos com rigor. O que envergonha um país não é apurar, investigar e mostrar. O que pode envergonhar um país é não combater a corrupção, é varrer tudo para baixo do tapete. O Brasil já passou por isso no passado e os brasileiros não aceitam mais a hipocrisia, a covardia ou a conivência.
É com essa franqueza que quero falar da Petrobras. A Petrobras é a maior e mais bem-sucedida empresa brasileira. É um símbolo de luta e afirmação do nosso país. É um dos mais importantes patrimônios do nosso povo. Por isso a Petrobras jamais vai se confundir com atos de corrupção ou ação indevida de qualquer pessoa. O que tiver de ser apurado deve e vai ser apurado com o máximo rigor, mas não podemos permitir, como brasileiros que amam e defendem seu país, que se utilize de problemas, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem da nossa maior empresa. Repito aqui o que disse há poucos dias em Pernambuco: não transigirei, de nenhuma maneira, em combater qualquer tipo de malfeito ou atos de corrupção, sejam eles cometidos por quem quer que seja. Mas igualmente não vou ouvir calada a campanha negativa dos que, para tirar proveito político, não hesitam em ferir a imagem dessa empresa que o trabalhador brasileiro construiu com tanta luta, suor e lágrimas.
Trabalhadores e trabalhadoras,
Vocês lembram dos pactos que nós firmamos, após as manifestações de junho. Eles já produziram muitos resultados. Precisamos ampliá-los muito mais. O pacto pela educação, por exemplo, gerou a lei que permitirá que a maior parte dos royalties e dos recursos do pré-sal seja aplicada na educação. Isso vai melhorar o salário dos professores e revolucionar a qualidade do nosso ensino.
O pacto pela saúde viabilizou o Mais Médicos, e em apenas seis meses já colocamos mais de 14 mil médicos em 3.866 municípios. E o que é mais importante: esses números significam a cobertura de atenção médica para 49 milhões de brasileiros.
O pacto pela mobilidade urbana está investindo R$ 143 bilhões, o que permite a implantação de metrôs, veículos leves sobre trilhos, monotrilhos, BRTs, corredores de ônibus e trens urbanos. Com isso, estamos melhorando o sistema viário e o transporte coletivo público nas cidades brasileiras.
Além de acelerar as ações desses pactos é preciso agora, sobretudo, tornar realidade o pacto da reforma política. Sem uma reforma política profunda, que modifique as práticas políticas no nosso país, não teremos condições de construir a sociedade do futuro que todos almejamos. Estou fazendo e farei tudo que estiver ao meu alcance para tornar isso uma realidade.
Foi assim que encaminhei ao Congresso Nacional uma proposta de consulta popular para que o povo brasileiro possa debater e participar ativamente da reforma política. Sempre estive convencida que sem a participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige. Por isso, além da ajuda do Congresso e do Judiciário, preciso do apoio de cada um de vocês, trabalhador e trabalhadora. Temos o principal: coragem e vontade política. E temos um lado: o lado do povo. E quem está ao lado do povo pode até perder algumas batalhas, mas sabe que no final colherá a vitória.
Viva o 1º de Maio! Viva a trabalhadora e o trabalhador brasileiros! Viva o Brasil!

Faltam armazéns em SC para estocar o milho que alimenta aves e suínos

Criadores de frango e suíno de Santa Catarina enfrentam um problema: o estado não tem capacidade para armazenar todo o grão que produz. O resultado é que a ração para alimentar os animais tem que vir de fora, um prejuízo e tanto.
Todo produtor quando semeia a lavoura, torce por uma produtividade recorde. E tem sido assim, ano após ano, em Campo Erê, no oeste de Santa Catarina. O problema é que este aumento na produção tem gerado dor de cabeça para muita gente porque faltam armazéns para guardar tantos grãos.
Os silos da CoopErê estão lotados de milho e soja. Há grãos por todo lado. Até a moega, local usado para descarregar os caminhões, está cheia de milho.

Segundo a Secretaria de Agricultura, o estado de Santa Catarina deve produzir este ano 6,5 milhões de toneladas de grãos, mas a capacidade de armazenagem do estado é de 4,2 milhões de toneladas. Sem lugar para guardar a safra, os produtores acabam vendendo para outros estados, o que é um problema, já que em Santa Catarina se concentra um dos maiores planteis de aves e suínos do país, que dependem destes grãos para se alimentar.
A venda da produção daqui para fora só aumenta a dependência dos catarinenses por grãos produzidos em outros estados. Os mesmos caminhões que levam milho e soja para o Porto de Paranaguá, por exemplo, em menos de quatro meses buscarão grãos no Centro-Oeste para abastecer Santa Catarina.
Esta situação reflete no bolso. A saca de milho é vendida pelos produtores por R$ 24, mas o criador que compra o grão do Paraná, por exemplo, acaba gastando R$ 30 para receber a mesma saca.
No caso das agroindústrias, a conta é ainda maior. A Cooper Central Aurora consome 100 mil toneladas de grãos por mês para alimentar aves e suínos e 70% desse volume vem de fora do estado.
O governo de Santa Catarina informa que está subsidiando os juros para a construção de novos armazéns. A meta é ampliar a capacidade em 24% nos próximos quatro anos.
Olacir Bavaresco é dono de uma granja de suínos no município de São José do Cedro. Ele trabalha no sistema independente, tem 2,5 mil suínos entre matrizes e animais na engorda, que consomem 18 mil sacas de milho por ano. Olacir conhece bem as dificuldades de ter o produto em mãos, ser obrigado a vender e em seguida ter que comprá-lo de volta.

Atrasadas, obras da Transnordestina em PE prejudicam porto de Suape

Trinta e quatro municípios pernambucanos são cortados pela ferrovia.
G1 encontrou canteiros abandonados e muitas dúvidas dos moradores.

Katherine CoutinhoDo G1 PE
Em São José do Belmonte, os trilhos cobertos por pedras servem de estrada para moradores. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Em São José do Belmonte, os trilhos cobertos por pedras servem de estrada para moradores.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Obras da Transordestina em Pernambuco (Foto: Editoria de Arte/G1)
Quando as obras da ferrovia Transnordestina começaram, em 2006, a previsão era que fossem concluídas em 2010. Porém, uma série de entraves com desapropriações e alterações de projeto, além de questões ambientais, fizeram o prazo ser estendido para setembro de 2016, segundo o Ministério dos Transportes – totalizando dez anos de obra, em vez dos quatro iniciais. Os adiamentos e a falta de informação fazem a população e empresários do Sertão de Pernambuco, por onde os trilhos vão passar, não saberem o que esperar do futuro.
Há três trechos ainda em obras. Em um deles, entre Salgueiro e Suape, são previstos 306 quilômetros em obras, estando prontas atualmente 55% da infraestrutura, 53% das obras de arte especial e 35% da superestrutura.
"Suape receberia grandes navios, que fariam o transbordo para navios pequenos e outros modais, e a ferrovia é um dos fatores determinantes. Não existe no mundo um grande porto sem uma grande ferrovia", aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Márcio Stefanni.
O secretário informou que, ano passado, Suape bateu o recorde de movimentação de cargas, com 12,8 milhões de toneladas. A expectativa é que a ferrovia aumente essa circulação. "Junto com a Refinaria [Abreu e Lima, obra da Petrobras], essa quantidade subiria, inicialmente, para 30 milhões de toneladas", afirmou.
Abandono
A obra da Transnordestina estava orçada inicialmente em R$ 4,5 bilhões, mas o último reajuste fez o orçamento chegar a R$ 7,5 bilhões. O cenário geral é de abandono, com as pessoas podendo chegar junto aos trilhos e canteiros de obras.
De acordo com a Transnordestina Logística, o canteiro industrial de Salgueiro, produtor de matéria-prima para a montagem da ferrovia, opera hoje com 380 trabalhadores diretos e indiretos. Ainda de acordo com a empresa, no trecho Trindade-Salgueiro, estão sendo realizadas obras de superestrutura (colocação de trilhos, dormentes e brita) e de infraestrutura, nas proiximidades do município de Parnamirim.
Inicialmente, a ferrovia seria construída pelo governo federal, mas, por falta de verba e outros entraves, o projeto foi entregue para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que criou a empresa Transnordestina Logística S.A. (TLSA) para ser concessionária da obra. O governo federal então firmou compromisso de garantir financiamentos de bancos e órgãos públicos. Já os estados envolvidos ficaram responsáveis pelas desapropriações.
De acordo com o governo federal, o projeto prevê 2.304 quilômetros de ferrovia, beneficiando 81 municípios – 19 no Piauí, 28 no Ceará e 34 em Pernambuco.
Em janeiro, o G1 mostrou que as obras da ferrovia Transnordestina no sertão do Piauí, que já consumiram R$ 1,075 bilhão, estão paralisadas e abandonadas desde setembro de 2013. No Ceará, só 4% das obras no trecho entre a cidade de Missão Velha e o Porto do Pecém, na Grande Fortaleza, estão concluídas, segundo o Ministério dos Transportes.
Nesta terceira reportagem da série, a reportagem do G1 percorreu, em Pernambuco, mais de 1.500 quilômetros, do Recife até Araripina, de onde a ferrovia segue para o Piauí. No caminho, encontrou obras paradas e a população em compasso de espera.
O trecho mais avançado são os 163 quilômetros entre Salgueiro e Trindade. Nessa parte, estão prontos, segundo o Ministério dos Transportes, 99% da infraestrutura (obras de aterramento e nivelamento, antes de colocação da ferrovia propriamente dita), 98% da obra de arte especial (pontes, viadutos e túneis, entre outros) e 70% da superestrutura (dormentes e trilhos). Os trilhos podem ser vistos em Terra Nova e Parnamirimmas, a partir de Ouricuri, há apenas indicação de que ali, um dia, houve um canteiro de obras: sobram placas caídas no chão e muita poeira.
Já entre Trindade e Eliseu Martins, no Piauí, são 259 quilômetros de obras, estando prontas 42% da infraestrutura e 35% da obra de arte especial.
Obras
O movimento de caminhões em uma fábrica de dormentes em Salgueiro foi o único sinal encontrado de obras em andamento no trecho da Transnordestina em Pernambuco. No resto do trajeto, em 12 municípios, o G1 encontrou canteiros de obras e partes prontas – mas nenhuma máquina ou operário.
Os sinais são de uma obra parada e sem uso: no trecho de 96 quilômetros que segue de Salgueiro para o Ceará – o único pronto no estado até agora, inaugurado em agosto de 2013 – há muitos vagões parados e sem segurança. Perto dali, um grupo de homens levava um pedaço de trilho – segundo a TLSA, uma “sobra” de trilho.
Em Araripina, a ponte já construída não tem trilhos e vem servindo para a população como um acesso mais rápido para propriedades rurais do distrito de Nascente, localizado a mais de 35 quilômetros do centro do município. “Eles tomaram os caminhos, cortaram a estrada. Não sei como vai ficar depois. O outro acesso é muito mais distante”, explica Ivanildo Rocha, que foi um dos operários dispensados em setembro.
Em São José do Belmonte e em Salgueiro, os trilhos viraram estrada para a população, que segue a pé ou a cavalo.
Trilhos vão passar a poucos metros da casa de Rosélia Vieira. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Trilhos vão passar a poucos metros da casa de Rosélia
Vieira. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Questionada pelo G1 sobre o andamento das obras, a TLSA informou que " a construção da ferrovia Transnordestina está em curso e terá seu ritmo intensificado nas próximas semanas. Estão sendo mobilizadas novas equipes, equipamentos e materiais para as novas frentes de trabalho que estão sendo instaladas".
Inconclusa, a Transnordestina frustra o sonho de Pernambuco ter o terceiro maior porto do país, atrás apenas dos terminais de Santos, em São Paulo, e do Rio de Janeiro.
Mecânico Heleno Belarmino não entende porque as obras foram paralisadas (Foto: Katherine Coutinho/G1)Mecânico Heleno Belarmino não entende porque as obras
foram paralisadas. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Incertezas
Morando no distrito do Sítio Abóbora, em Trindade, a agente de saúde comunitária Rosélia Vieira viu o sossego da pequena propriedade rural terminar. O terreno é cortado pela obra de ferrovia, que passa a 4,5 quilômetros da BR-316, mas atualmente nenhuma máquina trabalha no local.
Sítio Pitombeira, em Custódia, fica a poucos metros dos trilhos da Transnordestina. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Sítio Pitombeira, em Custódia, fica a poucos metros dos trilhos da Transnordestina.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
A poeira fez com que os irmãos de Rosélia deixassem de fazer placas de gesso, indo trabalhar para outras pessoas. Porém, a preocupação maior é com o dia em que as obras forem retomadas. “Eles disseram que minha casa não precisava ser desapropriada, mas ela está toda rachada desde que as obras começaram. Não posso nem mais criar meus animais, porque eles tiraram minha cerca", lamenta a agente de saúde, que não sabe como vai ficar o acesso à própria casa quando a obra for concluída.
Morando com a esposa e dois filhos em um pequeno sítio em Ouricuri, o agricultor e carpinteiro Arlei Marques Torres viu a entrada da propriedade virar uma ladeira íngreme quando as obras da Transnordestina passaram pelos fundos do terreno. "Quando os rolos para acertar o terreno passavam, tremia tudo aqui em casa. Caíam os copos e pratos do armário. Imagina quando for o trem?", questiona o agricultor.
Edmilson precisou reorganizar a rotina do restaurante (Foto: Katherine Coutinho/G1)Edmilson precisou reorganizar a rotina do restaurante.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
A casa do mecânico Heleno Belarmino da Silva, no Sítio Pitombeira, distrito de Custódia, fica a 40 metros dos trilhos da ferrovia. Durante dois anos e sete meses, ele foi funcionário da obra. Com o dinheiro, construiu uma pequena borracharia no terreno onde mora – que é como se sustenta atualmente. "É um absurdo uma obra dessas parar. A gente sabe que deve trazer benefícios para todos, só não se sabe direito como vai ser", admite.
Entre março de 2009 e dezembro do ano passado, 1.952 desapropriações referentes à Transnordestina foram realizadas em Pernambuco, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O total gasto com as indenizações soma R$ 28,9 milhões.
A pasta informou que 258 desapropriações ainda serão feitas, divididas entre os municípios de Belém de Maria, na Mata Sul; Cachoeirinha e Pesqueira, no Agreste; ArcoverdeCustódiaSerra Talhada, Salgueiro, Parnamirim e Trindade, no Sertão. Esse número não leva em consideração os trechos chamados SPS-08 e SPS-09, entre Belém de Maria e Suape, que ainda estão tendo os traçados aprovados pelo projeto.
No distrito de Varzinha, em Serra Talhada, ferrovia passa próxima às casas. (Foto: Katherine Coutinho/G1)No distrito de Varzinha, em Serra Talhada, ferrovia passará próxima às casas. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Perspectiva
Com as obras da Transnordestina concluídas no município, Salgueiro viu uma diminuição drástica do número de pessoas circulando pela cidade. Restaurantes, hotéis e pousadas que investiram para atender a demanda de quase 15 mil novos moradores durante a construção da ferrovia estão tendo que se adaptar à nova realidade – embora a expectativa de um aeroporto na cidade e de outras obras ajude a criar esperanças.
O empresário Edmilson Torres Sá investiu em um restaurante em 2010. Durante o auge das obras, chegou a vender 1.500 refeições por dia e a ter 15 funcionários no estabelecimento, às margens da BR-232. Atualmente, são aproximadamente 500 refeições diárias e o número de empregados foi reduzido para seis, a maioria de pessoas da família. "A gente fica preocupado com o futuro, o fluxo da cidade caiu muito. Era muito carro aqui em Salgueiro, um trânsito que você não acreditava", lembra.
Trilho é arrastado por grupo de homens próximo a divisa com o Ceará (Foto: Katherine Coutinho/G1)Trilho é arrastado por grupo de homens próximo à divisa com o Ceará (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Com a baixa, uma pousada no centro de Salgueiro aproveita para fazer as reformas necessárias. "Teve tempo aqui de a gente ver pessoas dormindo nos carros, porque não tinha lugar nas pousadas", lembra o gerente, Vandelvo Pereira. O movimento menor preocupa um pouco, mas as perspectivas são boas. "Dizem que vão retomar as obras, que vêm outras", explica.
O verdureiro Claudir Codeiro trabalha há anos junto do Mercado Municipal de Salgueiro. Com o final das obras da ferrovia, estima que as vendas diminuíram em, pelo menos, 40% mensalmente. "Depois que terminou, está muito difícil para nós. Juntando a seca com o final das obras, estou tendo que buscar verdura em Juazeiro, na Bahia, para valer a pena vender. O salgueirense apostou, mas sem as empresas? Não tem como ter retorno. O jeito é gastar menos, reduzir as contas", explica.
Outras pessoas são mais otimistas. Dono de uma oficina e outros estabelecimentos, Francisco de Sá Parente transformou os pequenos quartos que tinha em um hotel. "É uma pequena tragédia para o melhor. Tinha 'inchado' demais e agora estamos voltando para a realidade. Estamos a cerca de 600 quilômetros de todas as capitais do Nordeste, somos um centro logístico com potencialidade", acredita o empresário.
Ponte em Araripina tem placas que indicam que ali foi um canteiro de obras. (Foto: Katherine Coutinho/G1)Ponte em Araripina tem placas que indicam que ali foi um canteiro de obras (Foto: Katherine Coutinho/G1)